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Goiás Velho pelo olhar de Sergio Almeida

Atualizado: 31 de ago. de 2018


Paul Klee, pintor alemão da tradição dos artistas professores, como Kandinsky e Mondrian, disse sobre a pintura: “A arte não reproduz o visível, ela torna visível.”

A arte, com o processo criativo que a caracteriza, revela um mundo até então jamais visto, originado e estruturado na mente e nas mãos do artista.


Daí é possível pensar a fotografia, que, de alguma forma, também não é uma representação pura do real. Ela torna visível o instante efêmero que se desloca no tempo e do qual guardamos apenas uma leve impressão. O que conseguimos capturar visualmente são elementos parciais de um movimento que se nos escapa.


A fotografia captura e revela esse instante fugidio, então congelado como memória, uma espécie de reminiscência perceptiva. O fotógrafo, portanto, mesmo que não o queira, é sempre um inventor ao recortar, com suas escolhas de enquadramento, pedaços de tempo que estão além de nossa percepção da realidade.


Sergio Almeida, fotógrafo de longa estrada, capturou cenas da cidade de Goiás Velho durante o último FICA. O que ele, sensivelmente, recortou da realidade e o que inventou com sua câmera publicam-se agora no blogue da Casa da Mão.


Agosto, 29. No semiárido central do continente, onde ventos de deserto acossam o chapadão. 2018.

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